Colaboradores Orientados Pelos Dons

Oficina de Dons

O conceito dos colaboradores orientados pelos dons não é uma invenção humana, não é simplesmente uma estratégia para potencializar os recursos humanos de qualquer instituição, mas é o método determinado pela soberania de Deus para aperfeiçoar os crentes, edificar a igreja e desenvolver ministérios eficazes (Ef 4.1-14).

Quando descobrirmos o arcabouço de dons que estão latentes dentro da igreja, estaremos muito perto de saber qual o plano de Deus para ela. Isso porque na base de dons que uma igreja tem, podem-se identificar os planos de Deus para esta igreja.

Os dons revelam muitas coisas, inclusive a vontade de Deus para as pessoas e para as igrejas. Quem determina que direção a igreja deva tomar é o Espírito Santo, e descobrimos isso quando compreendemos de que maneira Ele distribuiu os dons dentro da igreja.

Descobriremos pessoas com dons afins ou relacionados e assim, teremos as equipes de ministérios também formadas, naturalmente, pelo Espírito Santo.

Apoiando essas pessoas estaremos fomentando a formação de poderosas equipes de trabalho. Essas pessoas precisarão compreender a grandeza desse chamado. Se tiverem algum problema de relacionamento, por exemplo, precisarão se reconciliar, pois compreenderão que foi o Espírito Santo que as chamou para trabalharem juntas, e não poderão permitir que desavenças pessoais as impeça de trabalhar ao lado de alguém que o Espírito Santo determinou que trabalhassem.

Os ministérios orientados segundo os dons associado a estratégias que já estão dando resultado, enfrentará vários problemas que orbitam na igreja. O problema da afinidade, por exemplo. Normalmente damos prioridade à afinidade para formar equipes de trabalho, pequenos grupos e comissões, mas com os ministérios orientados segundo os dons compreenderemos que se João e Pedro não tem afinidade relacional, mas têm dons afins, eles terão que trabalhar na mesma equipe de ministérios. Eles trabalharão juntos, pois descobrirão que esta é a vontade do Espírito Santo, O qual distribuiu os dons desta maneira.

 

Um preço precisa ser pago

Quando o principio da colaboração orientada pelos dons for levada a serio e tivermos a coragem de deixar algumas tarefas sem ser feitas por não haver pessoas disponíveis com o dom correspondente veremos um processo de crescimento e de amadurecimento se configurando na igreja e ela chegará ao ponto de realizar mais tarefas do que antes.

Não realizará as tarefas que todos acham que precisam ser feitas, mas as que correspondam à vontade de Deus, “afinal, foi Ele que nos deu os dons espirituais com o objetivo de nos mostrar onde Ele espera o nosso serviço. Por isso Ele dá a sua bênção quando nos engajamos nesses lugares.”

Uma pessoa que está atuando na igreja numa área que não está em harmonia com seus dons espirituais deveria ser liberada dessa atividade. Não fazemos nenhum favor a ela deixando que consuma os preciosos anos de sua vida num ministério para o qual não foi chamada, e a prova disso é a ausência dos dons necessários para o desenvolvimento de tal tarefa. Essa pessoa, a sua equipe e a igreja de um modo geral sofrerão enquanto tal situação for mantida. Não deveríamos ter medo de agir com sensibilidade e tato para colocar a igreja e seus colaboradores em harmonia com o plano de Deus para eles, em relação aos ministérios orientados pelos dons.

“Nós acreditamos no ensino bíblico do sacerdócio de todos os crentes. Também aceitamos que cada crente é um ministro de Cristo – tal como o é um pastor – chamado por Deus para O servir de acordo com os dons e capacidades que ele lhes deu”.

 

Oficina de Dons

O Ministério é de todos os crentes não apenas do pastor

Ao invés do pastor ser o único a atuar no cuidado das pessoas, no desenvolvimento de ministérios e na solução de conflitos, além de ter que tomar sérias decisões relacionadas com a administração da igreja, tais tarefas devem ser distribuídas entre todos os membros da igreja, assim todos os membros estarão envolvidos no ministério, no sacerdócio de todos os crentes.

O cuidado e o trabalho não devem ser realizados pelo pastor da igreja, mas pelos outros membros. A idéia de contratar alguém para prover o cuidado pareceria absurda para Paulo. Ele a declararia uma heresia e o abandono da essência do cristianismo que Jesus estabeleceu. O cuidado mútuo dos membros é uma função do corpo, não algo que se contrate. Estar em Cristo é ser parte de uma comunidade onde membros cuidam uns dos outros. Todas as passagens do Novo Testamento que tratam do cuidado dos cristãos são sempre dirigidas ao corpo todo, nunca a uma pessoa contratada.

“Para muitas congregações, o edifício da igreja tornou-se o centro do ministério, porque é aí que a maioria dos programas e dos serviços têm lugar … No que respeita ao ministério, entanto, o fato é que os leigos tendem a ser espectadores, não ministros, nessas reuniões […]”.  E acrescenta: “É evidente que precisamos mudar o modo como ministramos ao nível da igreja local, se é que queremos realmente liberar o imenso potencial dos leigos para o ministério”.

 

Considerações finais.

Nenhuma outra das oito marcas de qualidade tem influencia tão grande sobre a vida pessoal e a vida na igreja do membro, do que a questão da adequação dos dons. […] O uso dos dons espirituais são a única possibilidade de colocarmos em pratica novamente o conceito dos reformadores do ‘sacerdócio universal dos crentes’.

Antes mesmo que a igreja mobilize uma campanha em direção dos ministérios de todos os crentes baseados nos dons espirituais, faça a sua parte, facilite as coisas para os líderes, busque com zelo conhecer seus dons espirituais e assuma seu lugar no corpo de Cristo. Ao invés de ser um reagente seja um agente promotor deste movimento de retorno ao ideal de Deus para Seu povo.

 


 

  1. Christian A. Schwarz, O Teste dos Dons (Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 1999), 138.
  2. David Cox, Pense em Grande, Pense em Pequenos Grupos (Almargem do Bispo, Portugal: Publicadora Atlântico S.A., 2000), 34.
  3. Russell Burrill, Como Reavivar a Igreja do Século 21 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005), 21, 84.
  4. David Cox, 36.
  5. Christian A. Schwarz, O Teste dos Dons (Curitiba, PR: Editora Evangélica Esperança, 1999), 24.
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Willaim Wright

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