Em Busca dos Dons Espirituais

Oficina de Dons

“Procurai, com zelo, os melhores dons” 1 Co 12:31

 

Descobrir os dons espirituais é uma jornada permanente como é o processo de santificação, pois trata-se de uma experiência dinâmica, que com o passar do tempo pode revelar o fato de uma pessoa ter sido capacitada com alguns dons que não eram conhecidos antes.  O Espírito Santo determina o momento adequado de nos capacitar para certos serviços e em Sua soberania define Seu próprio calendário de distribuição de dons.  Podemos dizer que o processo da descoberta dos dons é dinâmico, pois não somente a concessão dos dons está sujeita à soberania do Espírito Santo (1Co 12:11; Hb 2:4), mas o momento dessa entrega também está. Ele concede os dons como quer, a quem quer, e quando quer. Por isso ninguém pode estagnar em sua busca pela descoberta dos dons espirituais. Ninguém deveria “considerar a descoberta dos seus dons como um processo que, uma vez terminado, esteja definitivamente acabado.”

 

Um passo muito significativo na direção da descoberta dos nossos dons é o conhecimento global do conjunto dos principais dons revelados nas Escrituras e de outros revelados na vida moderna da igreja. David Kornfield[1] sugere três perguntas que podem nos ajudar na descoberta dos nossos dons:

  1. O que gosto de fazer?
  2. O que os outros dizem de mim?
  3. O que me incomoda na igreja?

 

Não se aflija pelo dom que não tem

O estudo do tema dos dons espirituais é tão interessante e agradável que mesmo quando descobrimos que não temos certos dons nossa atitude deve ser de comemoração e não de lamentação. Não precisamos sofrer pelos dons que não temos por dois motivos principais: (1) É certo que temos um ou mais dons e (2) os dons que não temos nos asseguram de que não seremos cobrados por Deus pelo desempenho de ministérios relacionados com tais dons espirituais. Assim, cada vez que encontramos um dom que não é o nosso significa que estamos livres das responsabilidades inerentes a tais dons e mais perto de encontrar aqueles que nos pertencem.

 

No Evangelho de João encontramos João Batista dizendo que “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (3:27). Isso ele disse para responder a alguns discípulos que estavam preocupados com a repercussão do ministério de Jesus sobre o de João Batista. Ele disse: “Eu não sou o Cristo” (v.28) e: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (v. 30) estabelecendo os limites do seu ministério em relação ao de Cristo. João sabia o que Deus esperava dele e o que não esperava. Ele sabia para o que foi chamado e tinha toda tranquilidade de que não seria esperado dele que fizesse aquilo para o qual Cristo veio, mas que cumprisse cabalmente o seu próprio ministério.

 

O exemplo de João deveria nos conduzir ao equilíbrio da tranquilidade em relação aos ministérios para os quais não fomos chamados, e por isso, não capacitados com os respectivos dons espirituais; e a responsabilidade para com os ministérios relacionados com os dons que nos foram agraciados pelo Espírito Santo.

 

Dediquemos nossas energias em identificar nossos dons espirituais e nossas tarefas universais, para que possamos desempenhar ministérios relacionados com eles, mas em relação aos dons que não temos e às tarefas para as quais não fomos chamados a realizar devemos ter serenidade e nos tranquilizar de que não há nenhuma expectativa da parte de Deus para nós nessas áreas para as quais ele não nos capacitou.

 

Louvado seja Deus por Sua coerência quanto aos tema dos dons espirituais!

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Willaim Wright

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